A primeira coisa
que a águia
ensina ao filhote
ao iniciar
o primeiro voo:
é preciso enfrentar
as mudanças.
Quando chega o dia de aprender a voar, o filhote da águia tem medo de tentar sair do ninho e despencar de lá do alto (as águias fazem seus ninhos nos cumes mais altos das montanhas). A mãe sabe que ele não tentará voar se ela não agir. Ele se sente seguro no ninho, onde tem apenas que ficar o tempo todo enquanto ela é quem tem que voar para trazer alimentos para ele. É claro que o próprio filhote não vê isto desta forma, mas isto é o que chamamos de "comodismo".
Ele não sabe que chegou o momento de começar a independer da mãe. Já está na hora de começar a buscar seus próprios alimentos, e para isto terá que voar. O medo e a insegurança não lhe permitem sequer tentar. Então, sabe o que a águia faz? Ela simplesmente o empurra para fora do ninho, deixando-o cair do alto da montanha. Não, a intensão dela não é a de matar o próprio filhote, mas de salvá-lo. Em seguida, ela voa, pega o filhote no ar, e solta-o. Ele cai, tentando bater as asas, mas ainda inseguro, continua caindo. A mãe desce e o pega no ar novamente e o solta. Ela repete o mesmo ato tantas vezes quanto necessário, até que finalmente o filhote começa a voar de fato. Ganhando confiança em si mesmo, ele já está apto a sobreviver por sua própria conta.
Antes do primeiro voo forçado, o filhote da águia não sai do ninho porque teme mudanças. No ninho, ele está seguro, protegido, e se precisar de comida, a mãe lhe trará. Acomodado, ele não pensa na possibilidade dessa situação mudar. Isto obriga sua mãe a agir de modo que ele mesmo veja por que a mudança é necessária e tem que ser enfrentada por ele. Mudar é sair do comodismo e se preparar para enfrentar situações novas. Nós, humanos, somos como filhotes de águia cada vez que nos encontramos diante de novas tecnologias, de novas situações políticas, de novas crises econômicas, etc. Se você não se lançar ao voo cada vez que estiver diante de uma nova situação, a necessidade de sobreviver, que é a mãe de todos nós, fará como a águia. Ela lhe empurrará para fora do seu comodismo para que você sobreviva. É melhor você mesmo tomar a iniciativa do que levar o empurrão que será inevitável.
