terça-feira, abril 22, 2014

Montadoras de Automóveis Querem Ajuda do Governo para Pagar Salários

A produção de um carro popular
envolve milhares de trabalhadores
e centenas de robôs
e demora cerca de 24 horas. 
Empresários e sindicalistas
propõem a adoção
de um sistema
que já existe na Alemanha.


Empresários e sindicalistas do setor automobilístico brasileiro pretendem propor ao governo federal a criação do que eles chamam de "um sistema nacional de proteção ao emprego". A proposta é adotar um modelo semelhante ao que já é praticado na Alemanha: em tempos de crise econômica, os trabalhadores são afastados, mas não demitidos, e continuam recebendo seus salários normalmente com a maior parte subsidiada pelo governo. A informação foi divulgada na edição de hoje do jornal "O Estado de S. Paulo".
Todos nós temos visto através de noticiários que a indústria automobilística brasileira está passando por um de seus períodos mais difíceis. Isto vem sendo agravado pelas quedas nas vendas nos mercados interno e externo. As empresas estão se vendo obrigadas a dar férias coletivas e criar programas de demissão voluntária para não ter que demitir. Isto porque as demissões significam despesas para elas, pois terão que pagar indenizações aos demitidos. 
Algumas empresas já estão utilizando o "lay-off", que nada mais é do que a suspensão temporária dos contratos de trabalho. Por esse sistema, o funcionário é afastado e parte do salário é paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), mas a contribuição é por apenas cinco meses. Pela proposta que está em discussão, a dispensa teria duração de até dois anos sem ser integral, a jornada de trabalho seria reduzida entre 20% e 50% e o governo federal arcaria com 60% a 80% do valor equivalente às horas reduzidas. Desta forma a diferença seria paga pelas empresas e o trabalhador arcaria com a menor parcela da redução.
A mesma proposta foi apresentada ao governo federal em 2012, mas não foi levada adiante porque no mesmo ano houve um aumento recorde de vendas. Agora, porém, a situação é outra, bem ao contrário: cerca de 1500 trabalhadores já perderam seus empregos desde o início deste ano. De cada vaga nas montadoras, dependem cerca de três a cinco empregos no resto da cadeia produtiva.

Fonte: Jornal "O Estado de S. Paulo" - 22/04/2014.

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